quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Lies, lies, lies....

É... mentiras ao redor de nós... claro que estampadas como "verdades". Um estudo realizado pelo Fund for Independence in Journalism e pelo Center For Public Integrity apuraram que os EUA mentiram 935 vezes em relação ao fato de que Saddam Hussein representava uma ameaça. Essas mentiras, distorções de fatos, relatórios falsos, estavam principalmente ligadas à existência de armas de destruição em massa no Iraque (que até hoje não tiveram suas existências provadas) e sobre a ligação do país com a rede terrorista Al Qaeda (também de duvidosa veracidade). Os discursos de George W. Bush foram os campeões com 259 afirmações mentirosas, sendo que alista ainda consta de Dick Cheney (vice-presidente), Colin Powell (ex-secretário de Estado), Donald Rumsfeld (ex-secretário de Defesa) e Condollezza Rice, então acessor.

É incrível como somos facilmente manipulados e como a imprensa dita "independente" colabora com isso.

Para uma leitura mais detalhada do estudo acesse http://www.tfij.org/

Outro dia publicarei sobre a Teoria da Mentira, e como há estudos sérios a usar a manipulação de informações para fins estratégicos no campo geopolítico.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Coisas que passam despercebidas - Pt. 1

Certas coisas parecem tão mundanas e cotidianas que não percebemos que estamos saindo na pior. Recebi o texto a seguir e tive um momento de percepção sobre uma dessas coisas banais, mas que apenas mostra como somos metodicamente manipulados a sempre ficar calados e sermos obedientes. Trabalhe e compre... e seja feliz com isso... essa é a lei.

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O que custa quase R$ 6.000,00 o litro e não é para beber?

Não, não é o PETRUS (vinho mais caro do mundo)


Resposta errada: Querosene de aviação.
Resposta certa: TINTA DE IMPRESSORA !


VOCE JÁ TINHA FEITO O CÁLCULO?
Há não muito tempo atrás, as impressoras matriciais eram caras e barulhentas. Com as impressoras a jatos de tinta, o mercado matricial doméstico mudou, pois todos foram seduzidos pela qualidade, velocidade e facilidade dessas novas impressoras. Aí veio a grande sacada dos fabricantes: oferecer impressoras cada vez mais baratas, e cartuchos cada vez mais caros.

· Nos casos dos modelos mais baratos, o conjunto de cartuchos pode custar mais do que a própria impressora. Olha só o cúmulo: é melhor trocar a impressora do que fazer a reposição de cartuchos, algo parecido com ser melhor trocar o carro do que colocar gasolina.

VEJA ESTE EXEMPLO:
Uma HP DJ3845 é vendida nas principais lojas por R$ 170,00. A reposição dos dois cartuchos (10 ml o preto e 8 ml o colorido), fica em torno de R$ 130, 00. Daí você vende a sua impressora semi-nova sem os cartuchos por uns R$ 90,00 (pra vender rápido), junta mais R$ 80,00 e
compra uma nova impressora, com cartuchos originais de fábrica. Assim você economizará R$ 50,00!

· Os fabricantes fingem que nem é com eles, dizem que é caro por ser tecnologia de ponta. Para piorar, de uns tempos para cá passaram a DIMINUIR a quantidade de tinta (mantendo o preço). Um Cartucho HP, com míseros 10 ml de tinta custa R$ 55,99. Isso dá R$ 5,99 (cinco reais e noventa e nove centavos) por mililitro.

· Só para comparação, uma Champagne Veuve Clicquot City Travelle (R$ 1.000,00) custa por mililitro R$ 1,29 (um real e vinte e nove centavos).

· Só acrescentando: As impressoras HP1410, 3920, que usam os cartuchos HP 21 e 22, estão vindo somente com 5 (cinco) ml de tinta!
A Lexmark vende um cartucho para a linha de impressoras X, cartucho 26, com 5,5 ml de tinta colorida por R$ 75,00.

· Fazendo as contas: 1.000ml / 5.5ml = 181 cartuchos x R$ 75,00 = R$ 13.575,00 por um litro de tinta colorida.

· Com esse valor compra-se aproximadamente:
- 300gr de OURO;
- 3 TVs de Plasma de 42 polegadas;
- 1 UNO Mille 2003;
- 45 impressoras que utilizam este cartucho;
- 4 notebooks;
- 8 Micros Intel com 512 MB.

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Eu nunca tinha parado pra pensar nisso.... mas já pensou as coisas que percebermos se fizermos análises e contas sobre diversos fatos e gastos cotidianos? Sinceramente.... me dá é medo...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

CPMF e distrações

Enfim termina uma novela. Nos últimos meses tivemos dois episódios que marcavam toda a atenção no cenário político nacional. Um era o caso Renan, esse terminou em uma chiquérrima pizzaria de Brasília. O outro foi a prorrogação da CPMF. E ae o governo sofre uma derrota, por 4 votos, que foi o que faltou para ser aprovado a prorrogação. Mas peraí... podem ter pessoas dizendo "isso foi uma perda terrível, seriam 40 bilhões para a saúde, um campo que passa por crise e precisa desse dinheiro". Ou então outros que vibram com pelo menos um imposto a menos para comer seu minguado salário. Mas, calma aí... essa não foi a única votação da noite... apenas a estrela principal.

Os meios de comunicação em massa não divulgaram outra votação, sobre a prorrogação da DRU - Desvinculação de Recursos da União. A DRU (segundo o site do Ministério do Planejamento) é uma emenda proposta pelo Executivo em 1994 para que 20% da arrecadação fosse desvinculado de qualquer gasto pré-programado. Ou seja, o governo podia usar esses 20% onde quisesse, e o melhor de tudo livre de carimbos!!! Só pegar e torrar!!

"Hey... essa foi uma idéia brilhante. Agora posso falar pras pessoas que quando eu criar uma taxação diretamente sobre a movimentação financeira dele, que irá sugar recursos de todo o processo de produção e comercialização de um produto, essa dinheirama irá toda pra saúde, mas posso usar 20% deles pra outras coisas".

Agora vamos pesar uma coisa... o que será que é mais importante para o governo? Manter apenas mais um método de arrecadação, ou manter um mecanismo que permite com que eles gastem uma parcela da grana como queiram? Tudo bem que o ideal eram os dois, mas manter o segundo ainda deu sabor ao chopp da noite. Afinal, com os dois aprovados, o governo embolsa 20% de quase 40 bilhões de reais... sabem quanto é isso? Aproximadamente 800 milhões de reais... uns bons trocados, não concorda?

Agora pra onde vai esse dinheiro? Oficialmente... programas sociais, principalmente o Bolsa Família. Então, 20% do que arrecadamos realmente vai para arrecadar votos da população mais pobre. Tudo bem, estou sendo simplista e redutivo, não é tão preto e branco assim, e nem todo programa social é puro assistencialismo. Mas programas sociais não devem ter verbas para ser disposto de forma livre do governo, devem ter um orçamento fixo. Além do mais, esse dinheiro também deve cobrir alguns gastos mais "obscuros". Por exemplo, os cartões de crédito do governo, que não são supervisionados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Bem, voltando ao começo, toda a questão Renan... ele se safou, e na verdade, nem foi tão mal assim pra ele perder a presidência do Senado. Ele continua com o mandato e o novo presidente ainda o chamou de "Sr. Presidente" (vide o discurso de posse de Garibaldi Alves, PMDB-RN). Ele ainda mantém sua esfera de poder, e ainda foge das lentes. Mas o mais importante, ele chamou a atenção do Brasil inteiro por vários meses!!! Era só que se falava.

Solte os fogos e eles vão olhar pra eles, assim posso comer meu bolo sozinho...

Ficamos vendo os fogos, o circo, e o bolo foi fatiado. A distração deu certo.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Zeitgeist... muita gente não quer que vc veja isso

Documentário lançado oficialmente na Inglaterra em 07/12/2007. Uma importante visão sobre fatos de extrema relevância a todo e qualquer ser humano neste planeta.

Apenas assistam.

http://www.sedentario.org/colunas/teoria-da-conspiracao/zeitgeist-o-documentario-que-eles-nao-gostariam-que-voce-visse-3281/

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

A Dificuldade de uma Democracia Brasileira

Democracia é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de eleitos representantes — forma mais usual.
Numa frase famosa, democracia é o "governo do povo, pelo povo e para o povo".

A palavra democracia é de origem grega (demokratia) e designa o "governo pelo povo". Hoje o Brasil vive sob um regime de democracia representativa, na qual o povo elege seus representantes para tomarem decisões. Ou seja, parlamentares e governantes, são nossos representantes perante as decisões da República (do latim, res publica, 'coisa pública'). Em última instância, são servidores públicos, que no caso de demonstrarem inaptidão para nos servir, devam ser substituídos.

Agora algo soa estranho aqui no Brasil (vou falar só do Brasil, mas também ocorre em diversos outros países. Nossos servidores não são tidos pelo povo como seus representantes, mas como seus líderes, como a autoridade-mor, alguém a quem devemos nos curvar, agredecer plenamente quando faz algo bem-feito (como se nos fizesse um favor) e dever respeito além do comum. Mas vamos dar uma pequena recaptulada em nossa história que fica fácil entender o porque.

Podemos começar pelo período entre 1500-1822, no qual eramos uma colônia de exploração portuguesa. Realmente eramos submissos a outro povo, e tinhamos que reverenciar um rei, uma pessoa supostamente escolhida por 'deus' para governar. Mas aí é um regime no qual não se implica que o povo deva ter poder, o poder é do rei. Ponto.

Entre 1822 e 1889 vivemos sob um regime de Império. Não mais estávamos sob o domínio português, mas ainda não era um poder do povo. Havia um imperador que estava acima de todos e, por lei, tinhamos que nos submeter a ele. Durante quase uma década desse período, nosso lider era um menino que devia gostar de brincar de peão e brincar de esconde-esconde, então alguém achou que seria razoável colocar outras homens para governar até ele ficar mais velho e ser mais capaz (fato que aconteceu quando ele tinha 14 anos, uma idade que exala maturidade e sabedoria).

Em 1889 veio a República. Ah! A República. Um doce ar de liberdade. Bem... quase. Depois de dois militares no poder (os civis não tinham capacidade de governar, então deixa o governo do povo mesmo pra depois), veio um período de domínio das olgarquias agrárias. Bem, aí o poder também não era exatamente do povo, embora ele elegesse seus representantes. Eles votavam em quem o padrão mandava, senão iriam ver o quanto de chicotada suas costas poderiam aguentar. Acho que isso não se caracteriza uma democracia. Novamente, o povo se curva a uma minoria que detém o poder.

Mas peraí, em 1930 alguém quer mudar o dono do poder. Hurray! Getúlio Vargas dá um golpe de estado e assume, eventualmente se intitula o "Pai do Povo". Tá, todos nós achamos que nosso bem em algum momento está acima de nós né. Era isso que Vargas queria que o povo não esquecese. E para deixar mais claro que não se vivia em regime democrático, instala-se uma ditatura.

Em 1946 temos eleições novamente e voltamos a eleger nossos representantes. Vive-se um grande período populista no qual via-se o governante como quem "fazia" tudo pro povo. Alguém a se admirar. JK foi dito como quem trouxe o progresso para nós... bem, de brinde veio junto uma hiper-inflação. Mas o povo nem olhou para isso, viu foi o santuário novo dos políticos. Começa a Era Brasília.

Quando um sujeito chamado João Goulart resolve que o país precisa de reformas para melhorar a vida de uma maioria (democracia ué, deve-se lutar pelo povo em geral), alguns caras que tem acesso a rifles e tanques discordam e acha que eles devem governar. Acho que não preciso entrar muito na Ditatura Militar (1964-1985), todos conhecem bem. Democracia, acho que não.

1989... finalmente temos novamente uma eleição presidencial direta. O rapaz jovem e bonito vence e... bem, a história mais recente vocês conhecem bem.

Então, chegando ao meu ponto. Tivemos apenas dois períodos que podemos chamar de democráticos, 1946-1964 e 1989- até hoje (2007). Ou seja, 35 anos. 35!! De 507 anos de história e 185 de independência, além de 118 de república. Democracia não vem de cima. Vem do povo para o povo. E nós, o povo brasileiro, ainda não aprendemos a viver como uma democracia. Não aprendemos que o governante nos serve e não nos lidera. Que devemos ter poder de retirar alguém que nos desagrada quando não faz o que propôs. Que nós devemos dizer o quanto eles ganham (já que são NOSSOS funcionários) e não eles. Enfim... que o poder é NOSSO e não deles!!! Isso é ser uma democrcia, ter o poder nas mãos do povo. E o povo brasileiro é impotente. Vota mas é impotente. E como a definição de democracia ter o poder nas mãos do povo, e não apenas o povo votar, esse poder virtual que nós temos não leva a nada. Precisamos de poder real.

Devemos dar um aviso para saberem que é esse poder que reinvidicamos. Muitos temem os patrões, então tá na hora de nossos representantes no governo nos temer.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

O quanto pagamos à máfia de gravatas

Congresso brasileiro é o que mais pesa no bolso da população,
em comparação com Parlamentos de onze países

O Congresso brasileiro é o mais caro por habitante, segundo levantamento da Transparência Brasil sobre os Orçamentos do Legislativo federal em 11 outros países. Apenas o Congresso dos Estados Unidos é mais caro que o brasileiro, mas ainda assim pesa menos no bolso de cada cidadão do país.

A pesquisa da Transparência Brasil comparou o orçamento do Congresso brasileiro com os da Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, México e Portugal.

Em 2007, o Brasil destinou para a manutenção do mandato de cada um de seus 594 parlamentares federais quase quatro vezes a média do gasto dos parlamentos europeus e do canadense. Pelos padrões europeus de gasto parlamentar, o orçamento do Congresso brasileiro - equivalente a R$ 11.545,04 por minuto - poderia manter o mandato de 2.556 integrantes.

Se for levado em conta o custo absoluto do Congresso brasileiro por habitante (R$ 32,49), ele seria o terceiro mais caro do mundo, atrás do italiano (R$ 64,46) e do francês (R$ 34,00). O Brasil fica mais caro, porém, se for calculado o peso desse custo no bolso de cada habitante por duas medidas importantes para comparar economias nacionais - o salário mínimo e o PIB per capita. No Brasil, gasta-se dez vezes, em relação ao salário mínimo, o que se gasta na Alemanha ou no Reino Unido. Comparado ao PIB per capita, o gasto nacional é mais de oito vezes maior que o espanhol.

O mandato de cada parlamentar brasileiro custa hoje 2.068 salários mínimos - mais que o dobro do que ocorre no México, segundo colocado entre os países pesquisados, e 37 vezes o gasto proporcional ao salário mínimo registrado na Espanha.

Embora não tenham sido levantados neste estudo os custos diretos do mandato - salário, benefícios, assessores e verbas indenizatórias -, é possível comparar os gastos verificados na Câmara dos Deputados (R$ 101 mil mensais) aos da Câmara dos Comuns britânica (R$ 600 mil por ano). Cada parlamentar brasileiro consome mais do que o dobro de um parlamentar de um país em que a renda per capita e o custo de vida são muito superiores aos do Brasil.

Mesmo se não houvesse Senado - a Casa mais cara do mundo por membro, segundo o levantamento -, o Brasil ainda teria um dos Legislativos mais caros existentes. O Orçamento de um Congresso unicameral seria menor que o do Parlamento italiano, o terceiro da lista.

O levantamento reforça a percepção de que os integrantes das Casas legislativas brasileiras perderam a noção de proporção entre o que fazem e o país em que vivem.

A íntegra do levantamento pode ser encontrada aqui.

Leia também o estudo sobre os custos das Assembléias Legislativas estaduais e das Câmaras Municipais das capitais, aqui.

Matéria extraída da Transparência Brasil (link ao lado).


Num é a toa que o dinheiro que vem da CPMF é tão necessário, o que se gasta com o poder público é um absurdo, e olha que esse estudo só leva em conta o Congresso Nacional, não conta as Assembléias Legislativas Estaduais e Municipais. Talvez cortando os gastos deles em 3/4 não seria necessária a CPMF, e eles ainda viveriam muito bem. Mas.............

Renan escapa

"Por 48 votos a favor do senador, 29 contra e 3 abstenções, o plenário do Senado manteve o mandato de Renan. Eram precisos 41 votos (maioria absoluta) para condená-lo." (Fonte: Reuters Brasil)

Pouco antes de começar a votação (exatos 20 minutos), o Senador Renan Calheiros renuncia à presidência do Senado, sob sugestão do colega senador José Sarney (PMDB-MA), ex-presidente da república. Logo depois os outros processos são arquivados e Renan agora anda aliviado pelos corredores do Senado Federal.

Uma manobra política bem armada, pois ele sabia que renunciando à presidência do Senado, ficaria mais afastado do foco da mídia e os outros processos perderiam força, assim manteve o mandato, sua carreira política, e seu generoso salário e benefícios.

Novamente a votação foi secreta, uma situação onde seus cumpadres poderiam votar em sua absolvição (mesmo os que publicamente pediam a cassação) sem serem prejudicados politicamente.

Na primeira votação para sua cassação, em 12/09/07, foram 40 votos a favor da cassação, 35 contra e 6 abstenções. 40 a favor... como dito anteriormente... bastavam 41 pra cassá-lo. Ele se safou por 1 voto. Mas o mais curiosos é que 46 senadores afirmaram terem votado para cassá-lo. Ou seja, 6 senadores mentiram abertamente para a imprensa para tirar o seu da reta. Bastava que 1 deles tivesse votado de acordo com a palavra. Apenas 1!! Algo parece errado aí, não?

Agora o governo pode voltar todas suas atenções para a CPMF... mas ae já é outro assunto.

Mais um dia lamentável para a falida histórica política brasileira.